22.11.13

E SE OS ATEUS ESTIVEREM ERRADOS?

No terceiro texto, com temas religiosos, devagarei nessas linhas sobre a questão da crença na não existência de um Deus. E nos reflexos que isso ocasionariam para a humanidade.


Por: Pedro Almeida

Vamos considerar a seguinte hipótese: Deus existe. O ser onipotente e onisciente desceu pessoalmente na terra, bateu no peito e gritou: "Vamo parar como essa babaquice toda, sim eu existo e to de olho em vocês!". Depois se desfez em uma fumaça e desapareceu. 

O impacto de tal revelação chocou a humanidade, que agora, provada a existência, tinha plena consciência de seus atos. Levando em consideração isso, seria possível afirmar que o mal do mundo acabaria? Já que  agora, 7 bilhões de pessoas estão competindo por um espaço no paraíso. Se isso for verdade, a culpa por guerras, fome, miséria, exploração, seriam exclusivas dos ateus? Uma vez que eles não consideram a hipótese de um criador, vivem a vida no estilo "vida loca".

Acredito eu que não. O mundo pode estar semeado de ateus, agnósticos, crentes, e não crentes, mas no fundo, todos são uma coisa só. Humanos. E são esses seres, provenientes de um ancestral em comum do macaco, ou do barro, que constroem a história. A culpa do mal, da fome, do aquecimento global, dos filmes do crepúsculo, e tudo o mais que não é bom para o homem, não é ocasionada pelo medo de não ir para o céu, medo esse justificado por uma não crença. Tais problemas, são apenas o reflexo de uma falha, uma simples característica do Homo Sapiens, a de ser mortal.



Assim como gerar um problema, a solução para tal, também vem do próprio homem. Acho que não precisamos esperar fazer contato com uma civilização alienígena, ou fazer um talk show com Deus, para mudar a maneira de conduzir a enorme geodesia batizada de Terra. Certos ou errados, ateus e crentes tem uma coisa em comum, são humanos, se apaixonam, sorriem, choram, tem filhos e amigos, e no fim, quando morrem, só restam histórias. Se vão voltar ou continuar, ninguém sabe, então, porque não fazer uma história que vale a pena ser perpetrada. 

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21.11.13

O CHAMADO DO CUCO





Por: Pedro Almeida

Autor da aclamada série infanto-juvenil, Harry Potter, J.K. Rowling, surpreende ao lançar livro com pseudônimo de Robert Galbraith. Em uma entrevista a escritora revelou que dessa maneira se sentiu mais livre para escrever, sem a pressão do nome que ela carrega. Modéstia ou estratégia de marketing, o fato é que seu novo livro se tornou best-seller assim que o segredo foi revelado.

Após o sucesso que seu último livro, Morte Súbita, ficou evidente que Rowling agora pretende escrever para um público mais adulto, deixando de lado a fantasia e se entregando as tramas mais sombrias. Analisando por um lado, fica claro que a maioria dos fãs que acompanharam a saga que a fez renomada, hoje, estão mais crescidos e podem acompanhar a evolução junto com a sua escritora.

CRÍTICA:


Nota: 9,0 

O Chamado do Cuco (The Cuckoo's Calling) com toda a certeza vai surpreender e cativar os ávidos amantes da literatura policial. A trama esta centrada no suposto suicídio da famosa modelo Lula Landry, seu irmão, decidido a provar que a famosa foi assassinada, contrata os serviços do detetive particular Cormoran Strike. Este por sua vez, está falido, foi largado pela esposa que amava, e ainda é assombrado pelos fantasmas do passado, tanto pela guerra que lutou, quanto pela infância turbulenta. Rowling mostra aqui sua excelente capacidade de criar personalidades, fazendo com que assim, os leitores se identifiquem com a história.

Morando no próprio escritório, e contando com a ajuda da prestativa e inteligente nova secretária temporária, Robin, que assim como ele é apaixonada pela rotina das investigações, Cormoran parte para a missão, entrevistando todos os envolvidos na história da modelo nos dias antes de sua morte. 

A investigação faz com que o detetive mergulhe no submundo das celebridades, da imprensa de fofoca, drogas, pubs, baladas e becos. A cada entrevista que ele faz fica claro uma coisa, ninguém é santo nessa história, e as surpresas finais chocam tanto o leitor quanto a própria identidade do assassino. Mostrando que por de trás de cada rosto bem maquiado e de uma conta bancária de vários digítos, medos, transtornos, e faltas de pudor são constantes.

A narrativa é bem construida e de fácil interpretação, Rowling domina a arte de prender o leitor. Você começa lendo um capítulo e repete para si mesmo: Só mais um. Quando percebe, o livro já acabou, e então você fica triste e louco para ler mais um.

Na minha opinião, Rowling peca em apenas um quesito. A falta de ação no livro, é algo notório, afinal, uma história de detetive, merecia, uma cena de perseguição ou algo do tipo, mesmo a luta corporal entre Cormoran e o assassino no final do livro, dura poucos caracteres e não convense, contudo, mesmo assim, o livro é digno de boa nota.